Os Ultras.
"Olhem bem para eles porque são o que resta de uma velha categoria em extinção. Eles são os últimos adeptos."
Álvaro Magalhães, escritor.
As claques. Huu...as temidas claques! Essa gente que aterroriza tudo e todos, essa juventude vândala e insubmissa.
Não faço parte de nenhuma claque, nunca fiz nem hei-de fazer, provavelmente. Contudo, admiro-os...
Eles são os últimos adeptos. Na verdadeira acepção da palavra. Sento-me no estádio da Luz e a primeira coisa que faço é olhar para os dois cantos no estádio que me fazem reviver os anos 80. Naqueles dois cantos do estádio da Luz, estão as aldeias Gaulesas que resistem a Júlio César e ao império Romano.
Conta-me o meu tio, velho participante no Inferno da Luz dos anos 70 e 80, que o povo levava rolos de papel higiénico para atirar quando a equipa entrasse. Que o povo levava bandeiras e cachecóis. Que o povo via os jogos em pé e que batia com os pés no chão e cantava e berrava. E agora, quem faz isso!? Eu respondo: os ultras!
Enquanto que nós permitimos que nos sentemos na bancada Vodafone, a ver a camisola patrocinada pela PT, sentados e calados num canto, pois o dinheiro não chega para os lugares caros; eles não se sentam, eles não se calam, eles mostram bandeiras e fazem coreografias quando a equipa entra. E acompanham a equipa para todo o lado. De carro, de comboio, de avião, faça chuva, faça sol, vejo o Benfica na Eslováquia e lá estão eles. Vejo o Sporting na Holanda e lá estão eles. Vejo o FCPorto no Japão e lá estão eles.
Os Italianos chamam-nos de tiffosis (os atingidos pelo tifo, ou seja, os doentes da bola). Eu chamo-os de irredutíveis. E admiro-os...
"Conseguirá a pseudo-civilização que nos brutaliza, que nos lava o cérebro, destruir mais este clã, mais esta tribo, como fez e faz com os índios de todas as Américas? Esperemos que não, em nome da diferença e da fuga à norma."
Daniel Estudante Protásio, "Viagem ao mundo Ultra"
Álvaro Magalhães, escritor.
As claques. Huu...as temidas claques! Essa gente que aterroriza tudo e todos, essa juventude vândala e insubmissa.
Não faço parte de nenhuma claque, nunca fiz nem hei-de fazer, provavelmente. Contudo, admiro-os...
Eles são os últimos adeptos. Na verdadeira acepção da palavra. Sento-me no estádio da Luz e a primeira coisa que faço é olhar para os dois cantos no estádio que me fazem reviver os anos 80. Naqueles dois cantos do estádio da Luz, estão as aldeias Gaulesas que resistem a Júlio César e ao império Romano.
Conta-me o meu tio, velho participante no Inferno da Luz dos anos 70 e 80, que o povo levava rolos de papel higiénico para atirar quando a equipa entrasse. Que o povo levava bandeiras e cachecóis. Que o povo via os jogos em pé e que batia com os pés no chão e cantava e berrava. E agora, quem faz isso!? Eu respondo: os ultras!
Enquanto que nós permitimos que nos sentemos na bancada Vodafone, a ver a camisola patrocinada pela PT, sentados e calados num canto, pois o dinheiro não chega para os lugares caros; eles não se sentam, eles não se calam, eles mostram bandeiras e fazem coreografias quando a equipa entra. E acompanham a equipa para todo o lado. De carro, de comboio, de avião, faça chuva, faça sol, vejo o Benfica na Eslováquia e lá estão eles. Vejo o Sporting na Holanda e lá estão eles. Vejo o FCPorto no Japão e lá estão eles.
Os Italianos chamam-nos de tiffosis (os atingidos pelo tifo, ou seja, os doentes da bola). Eu chamo-os de irredutíveis. E admiro-os...
"Conseguirá a pseudo-civilização que nos brutaliza, que nos lava o cérebro, destruir mais este clã, mais esta tribo, como fez e faz com os índios de todas as Américas? Esperemos que não, em nome da diferença e da fuga à norma."
Daniel Estudante Protásio, "Viagem ao mundo Ultra"
posted by Bakero at 8:02 AM
1 Comments:
Bom isso é tudo muito bonito... se a realidade das claques fosse apenas irem aos estádios apoiar o clube e saltar de início ao fim dos jogos!! Ora, sabemos bem que a realidade das claques já há muito que deixou de ser esta... Infelizmente as claques, hoje em dia, mais do que apoiarem o clube, possuem elementos muito violentos e que se divertem a bater nos elementos das equipas adversárias, assaltam lojas de conveniência, provocam a confusão levando petardos pra dentro dos estádios, etc, etc!! Actualmente são mais os jogos em que se arma confusão do que aqueles em que apenas se salta pelo clube e se entoa cânticos de apoio... Se as claques são chamadas de doidas é porque agem como tal...
Eu tb já fui de uma claque, felizmente, optei por um núcleo onde não havia violência, onde não se armava confusão e onde o objectivo era mesmo saltar e cantar pelo clube e comer uns petiscos antes dos jogos... De facto é espectacular apoiar o clube desta maneira!! Era bom que todos fossem assim...
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